terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sete Palmos do Chão






Em uma noite fria
Calada e sem brilho
A morte me espreita
Não posso sair do trilho
Sinto o frio que a morte carrega
Sinto o seu cheiro de terra molhada
O medo está em toda parte
Seja pra frente ou pra trás
Sinto a morte me perseguir
Será que posso me esconder?
Ou devo apenas resistir?
Só sei que tenho medo
Medo de morrer aqui
Pois sei que ainda há vida 


Quero viver e sorrir aos céus
Quero refletir a vida
Não quero morrer
Não quero ficar
A Sete Palmos do Chão
Não ouço meu coração

Enterrar-me vivo?
Por favor, não faça isso
Quero viver meus sonhos
O amor encontrar
Viver intensamente
Meu coração vai pulsar

Sete Palmos do Chão
Num cemitério frio
Sobre um veludo branco
Sem ouvir os prantos
As lágrimas vão cair
E minhas mãos sangrarão
De tanto bater
Querendo escapulir
Por favor, não me deixe na solidão
A Sete Palmos do Chão
Não ouço meu coração


Vozes e risos perseguem meu sonho
Pesadelo ou vida, o que será isso?
Tento respirar, tento me mecher
Mas encontro o teto a poucos dedos de mim
Oh meu Deus essa escuridão é maior que o fim
Sete Palmos do Chão
Assim cantava a canção
De um coração frio que não tinha batida
Pulsos e silêncio
São esses os sons dos últimos minutos da minha vida

Onde estou? Por que estou aqui?
Só me restar esperar
Para então saber, pois sei que 

A morte chegará
E à sete palmos do chão
Ninguém ouvirá a última batida do meu coração


Sete Palmos do Chão
Num cemitério frio
Sobre um veludo branco
Sem ouvir os prantos
As lágrimas vão cair
E minhas mãos sangrarão
De tanto bater
Querendo escapulir
Por favor, não me deixe na solidão
A Sete Palmos do Chão
Não ouço meu coração


3 comentários:

  1. Nossa isso é uma música ou uma Poesia? Ficou massa esse poema. Parabéns...

    ResponderExcluir
  2. gostei muito do poema, parabéns!
    obs.: a imagem também é incrível, ótima escolha...

    ResponderExcluir